TRAUMA ABDOMINAL
TRAUMA ABDOMINAL
INTRODUÇÃO
Trauma - 3@ causa morte na população
Trauma - maior causa de morte na população 5 a 40 anos
Lesões abdominais são responsáveis por 10% mortes e 20% das cirurgias realizadas nos pacientes traumatizados
Trauma Abdominal - “avaliação constante”
Sinais Clínicos - (discretos)
Lesões associadas - avaliação
20% hemoperitônio - sem irritação peritoneal
“Qualquer vítima desaceleração ou ferimentos penetrantes - lesão visceral”
INTRODUÇÃO
“POLITRAUMATIZADO”
AVALIAÇÃO:
- Exame Primário
- Reanimação
- Exame Secundário
EXAME PRIMÁRIO(novo protocolo)
C- Circulação e Controle Hemorragias
B- Respiração
A- Via Aérea e Controle Coluna Cervical
D- Neurológica
E- Exposição
AVALIAÇÃO
“Na avaliação do trauma abdominal o mais importante não é o diagnóstico de uma lesão específica, mas sim a confirmação de que existe uma lesão intra-abdominal”
AVALIAÇÃO - TRAUMA ABDOMINAL
1-História
mecanismo de lesão
2-Exame Físico
um exame negativo não exclui lesão abdominal
a-Inspeção
b-Ausculta
RHA -
c-Percussão
dor - irritação peritônio
d-Palpação
contratura abdominal e sinal de irritação perit.
dor a descompressão súbita sinal inequívoco de peritonite
Toque retal
Detecção de sangue na luz intestinal, avaliação do tônus do esfíncter anal (medula), fragmentos ósseos, integridade da próstata
Toque vaginal
Fragmentos ósseos, sangramentos*
Exame do pênis
Sangue no meato uretral(laceração uretra)
3-Sondagens
a-Sonda nasogástrica
diagnóstica e terapêutica
Cuidado com trauma face
b-Cateterismo vesical
monitorização do débito urinário
adulto 50ml/h, Cça > 1ano 1ml/Kg/h, Cça <1ano 2ml="" kg="" h="" h2="">
observar hematúria ou sinais que contra-indiquem sondagem
4-Coleta de Sangue
colhidas no momento do acesso venoso
exames principais:tipagem, Ht, leucometria com diferencial, amilasemia, ex. urina, pesq. álcool e outros agentes tóxicos, toda mulher fase reprodutiva teste gravidez.
estes exames são importantes mesmo que inicial/ normais para termos parâmetros no seguimento
5-Exames Radiológicos
a-Rotina: conforme estado do paciente e mecanismo de lesão
básico- coluna perfil, tórax AP, bacia
no trauma abdominal- RX abdome (pneumoperit., ar retroperit., apagamento psoas, frat. últimas costelas, frat.coluna torácica baixa, frat.pélvicas)
b-Radiológicos com Contraste:
-Uretrografia - suspeita ruptura uretra
-Cistografia ou Urografia excretora - para determinar lesões baixas ou altas vias urinárias.
-Exames gastrintestinais
6-ESTUDOS DIAGNÓSTICOS ESPECIAIS:
radiológ. contraste;
lavado peritoneal;
ultra-som;
tomografia.
ATENÇÃO
“TODO E QUALQUER EXAME COMPLEMENTAR NÃO DEVE SUBSTITUIR A AVALIAÇÃO CLÍNICA”
“NÃO PERCA TEMPO”
Indica-se estes exames especiais quando:
Duvidoso-(frat costel. inf, pélvicas, coluna)
Não confiável- associação com TCE, uso de drogas ou lesões medulares
Impraticável- devido a previsão de longa demora para realizar exames radiológicos(angiografias) ou anestesia geral para procedimentos extra-abdominais
a-LAVADO PERITONEAL
preferência por cirurgião ou pessoa treinada
sensibilidade de 98%
paciente hipotenso ou trauma multisistêmico é bem indicado L.P.
contra-indicação de L.P. - paciente que necessita laparotomia, outras cirrose, obesidade, operações anteriores, coagulopatias
a-Lavado Peritoneal
lavado em gestante
Indicação de laparotomia pelo L.P.:
-aspirado da cavidade a) sangue vivo; b) presença de conteúdo entérico
-saída do líquido do L.P. por a) dreno tórax b) sonda vesical
-avaliação laboratorial do líquido aspirado a) > 100.000 hemácias por mm3 b) > 500 leucócitos mm3
b- Tomografia Computadorizada
requer transferência para serviço de imagem
pode necessitar de contraste
podemos identificar o órgão lesado, avaliar órgãos retroperitoneais e pélvicos
pode não detectar lesões gastrintestinais
INDICAÇÕES PARA LAPAROTOMIA
1-Hipotensão com evidencia lesão abdominal (FAF, FAB, Contusão)
2-Peritonite precoce ou tardia
3-Hipotensão recidivante
4-Presença de pneumoperitônio
5-Ruptura do diafragma
6-Perfuração intraperitoneal da bexiga (cistografia)
7-Evidências de lesão ao estudo Tomo ou radiológicos
8-Aumento persistente amilase com sinais e sintomas abdominais sugestivos de lesão
SITUAÇÕES ESPECIAIS
1-TRAUMA ABDOMINAL FECHADO
órgãos mais lesados: fígado, baço e rins
podemos ter uma avaliação difícil
a) Diafragma
mais comum a esquerda
posição SNG
b) Duodeno
geral/ trauma direto em volante automóvel
presença de sgue na SNG ou ar no retroperitônio
na suspeita esta indicado RX contraste (iodado) ou Tomo contraste
SITUAÇÕES ESPECIAIS
c) Pâncreas
Geral/ trauma direto
amilase normal não exclui lesão
Tomografia
d) Trato Genitourinário
trauma dorso ou flancos
suspeitar de lesões uretral ou vesical qdo houver hematomas perineais ou fraturas pélvicas
sgue no meato uretral ou incapacidade de urinar são sinais de lesão trato urinário inf.
SITUAÇÕES ESPECIAIS
e) Intestino Delgado
geral/ por desacelaração rápida com contusão (cinto segurança)
estas lesões geral/ sangram pouco podendo dificultar DX
2- TRAUMA PENETRANTE( ABERTO)
FAF quando penetram no abdome podem determinar múltiplas lesões devido o seu trajeto (tortuoso)
atenção com ferimentos em dorso
SITUAÇÕES ESPECIAIS
Lesões em dorso podem atingir cólons e ser fatal (sépsis)
ferimentos penetrantes na cavidade contra-indicam Lavado peritoneal
lesões no tórax inferior podem atingir estômago, fígado, baço
SITUAÇÕES ESPECIAIS
3-Fraturas Pélvicas
geralmente atropelamentos, quedas grandes alturas, acidentes motocicleta
hemorragia pode ser de grande volume
inspecionar períneo (hematomas,equimoses, ferimentos abertos)
afastar sempre lesões reto e genitourinárias
SITUAÇÕES ESPECIAIS
hipotensão arterial no paciente com fratura pélvica pode ser difícil controle
geral/outras lesões associadas: -lesões vísceras intra-abdominais; -lesões tórax; vasos pélvicos e retroperitoneais; -hemorragia devido fratura ossos pélvicos
atendimento consiste reposição sangüínea correta, monitorização, avaliação completa
SITUAÇÕES ESPECIAIS
lavado peritoneal
nos casos de instabilidade pélvica consultar ortopedista
se persistir perda sangue após fixação (ext) da bacia esta indicado estudo arteriografia
TRATAMENTO
-restabelecer funções vitais
-delinear mecanismo trauma
- manter sempre atitude de suspeita
-repetir avaliação
-selecionar testes diagnósticos (não perder tempo)
-reconhecer precocemente necessidade cirurgia